quarta-feira, 3 de setembro de 2014

s.o.s

Parem o mundo! Parem as máquinas!
Parem o microfone e a verdade deflagrada!
Parem a seca e a indústria da desgraça!
Parem o breque do livre na catraca!
Parem o trem nesse trilho de ganância!
Parem o motor a caminho da vingança!
Eu quero descer!
Eu quero sair!
Eu quero um pingo, resquício de esperança!
Eu quero uma gota, fragmento de mudança!
Onde estão, oito anos, aurora da minha vida?!
Onde estão, sabiás, palmeiras da minha terra?!
Onde está, alcalóide, Pasárgada querida?!
Eu quero um raio, potência pra alma!
Eu quero sopro, vestígio de calma!
Eu quero sair!
Eu quero descer!
Parem os homens na glória do falo!
Parem a defesa do legítimo disparo!
Parem as ruas acamando os pobres!
Parem os narizes dos tantos esnobes!
Parem a mim em estertor de agonia!
Parem os tantos em inércia e apatia!
Eu quero descer! Eu quero sair!
Parem as máquinas! Parem o mundo!

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