Infindáveis noites essas sem o toque de tuas pernas;
Infindáveis questionamentos à Noite de coração de mulher [amargurada.
Quem sou eu sem teus braços a circundarem meu corpo?
Quem sou eu sob a falta de teus olhos infantis a me fitarem?
Quem sou se, o que era, fazia você de engrenagem;
se tirava de teu sorriso de marfim o combustível à
sobrevivência?
Quem, se ao te conhecer, desconheci o viver individual,
e fiz do teu ar a razão de respirar o meu?
Sou pedaços de estrela que ao cair é beleza e desgraça,
que conhece em seu auge o início da derrota,
que tem em seu esplendor a certeza do fim.
Sou restos de um adeus mal dito;
Maldito dia em que as rosas murcharam,
os rios secaram,
e trouxeram o meu amor desidratado.
Quem sou eu ao espaçar-me na cama vazia?
Quem, se o que era foi-se com teu partir;
Ao teu partir de mim e de ti mesmo?
Infindáveis são os dias em que não mais se contam as horas,
Infindáveis momentos que já não ficam na memória;
Infindáveis sorrisos que não são nada além do que são,
assim como a aurora que chega e não te leva mais embora,
pois foi a Noite em seu ápice de sentir que levou-te para ser
nada [menos do
que nada.
Escrito em um belo dia de inverno. Lua cheia. Agosto.
Ao som mental de “Vai”, Ana Carolina.
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